quinta-feira, fevereiro 01, 2007

A DEMAGOGIA DO SIM versus O TRABALHO E OBRA DO NÃO

Primeiro que tudo, gostaria de saber por parte de TODOS os defensores do SIM, qual o projecto por eles fundado ou qualquer serviço por eles criado que possibilita dar apoio às mulheres e famílias em situação crítica?
A ajuda não passa por liberalizar tudo aquilo que possa arrastar os fragilizados para um sem número de situações sem retorno que promovem maior degradação pessoal e humana e económica.
Situações essas a que depois os Sim voltarão as costas às vitimas e culparão (como sempre) o sistema do estado por ser pouco social e de sustentar um capitalismo imperialista de direita em detrimento do povo assalariado.
Francamente, mostrem trabalho feito ao serviço daqueles que tanto apregoam como sendo vítimas de discriminação e humilhação e possivelmente terão legitimidade para abordar este tema.
Tanto quanto sei e é público o NÃO e os seus defensores, fundaram ou criaram cerca de 45 instituições (SEM FINS LUCRATIVOS) para apoiar as mulheres e crianças que vivem em situações miseráveis e que supostamente não teriam outra solução senão abortar. Gostava de saber qual o trabalho dos do Sim neste campo?
Obviamente que não se pode acudir a todos, mas salva uma vida e salvarás o mundo.
Repito - A demagogia dos SIM's versus o trabalho e obra do NÃO's.
Nuno Vaz

8 Comments:

Blogger Crepúsculo Maria da Graça Oliveira Gomes said...

Quanto a mim, eles votam sim sem qualquer informação, como dizia ontem em debate uma pessoa do sim:Mas como podem ser tão cruéis que digam a uma mulher para tomar a pílula do dia seguinte, eu fiquei aterrorizada, a mulher faz-lhe mal a pílula por isso será melhor a morte de um inocente. Fiquei esclarecida. Bj

fevereiro 01, 2007 4:43 da tarde  
Blogger FFC said...

Viva!

Apresento-me com os melhores cumprimentos,



Caros colegas de ideologia, tenho uma imagem que gostaria de partilhar convosco.

Como vocês estou na luta pelo NÃO! Revoltado com algumas barbaridades públicas e do meu círculo pessoal decidi criar uma imagem para tornar a minha posição mais forte. Então criei este símbolo. Gostava que a utilizassem também, para que juntos possamos dar mais consistência a alertar consciências. Autorizo que utilizem esta criação, caso desejem, fazendo apenas uma referência ao meu blog onde ela se encontra.
http://franciscocardoso.blogspot.com


Caso desejem posso disponibiliza-la com mais resolução.



Pela Vida,



Francisco Cardoso

fevereiro 01, 2007 9:58 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

ABORTEX, isto deve ser mais uma medida para facilitar a vida aos inconsequentes.
Provavelemte incluída no SIMPLEX, o ABORTEX perimite à mulher fazer o que mais quer sem "complicações".
Não precisa de documetos, apenas a vontade de o fazer (tirar).

fevereiro 02, 2007 11:58 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Como a vida começa logo na concepção gostava de ser esclarecido de umas duvidas: 1º- quando uma mulher sofre um aborto espontaneo às 9 ou 10 semanas, porque é que os médicos não passam atestado de óbito e não se realiza o funeral? Será que se o sim ganhar vão avançar para penalizar todo aquele homem ou adolescente que tocar uma piviazita e deixar morrer os espermatozoides no guardanapo?

fevereiro 02, 2007 3:57 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Apenas quero partilhar estas palavras que tive oportunidade de ler:

Era tão pequeno
que ninguém o via.
Dormia sereno,
enquanto crescia.
Sem falar, pedia
- porque era semente -
ver a luz do dia
como toda a gente.
Não tinha usurpado
a sua morada.
Não tinha pecado.
Não fizera nada.

Foi sacrificado
enquanto dormia.
Esterilizado
com toda a mestria.
Antes que a tivesse,
taparam-lhe a boca

tratado, parece,
qual bicho na toca.

Não soltou vagido.
Não teve amanhã.
Não ouviu : "Querido.."
Não disse : "Mamã ..."

Não sentiu um beijo.
Nunca andou ao colo.
Nunca teve ensejo
de pisar o solo,
pezito descalco,
andar hesitante,
sorrindo no encalço
do abraço distante.

Nunca foi a escola
de sacola ao ombro,
nem olhou estrelas
com olhos de assombro.
Crianças iguais
a que ele seria,
não brincou com elas
nem soube que havia.
Não roubou maçãs,
não ouviu os grilos,
não apanhou rãs
nos charcos tranquilos.
Nunca teve um cão,
vadio que fosse
a lamber-lhe a mão,
à espera do doce.

Não soube que há rios
e ventos e espaços.
E Invernos e estios.
E mares de sargaços,
e flores e poentes.
E peixes e feras -
as hoje viventes
e as de antigas eras.

Não soube do mundo.
Não viu a magia.

Num breve segundo,
foi neutralizado
com toda mestria:
Com as alvas batas,
máscaras de entrudo,
técnicas exactas,
mãos de especialistas
negaram-lhe tudo
(o destino inteiro ...)

- porque os abortistas nasceram primeiro

fevereiro 02, 2007 4:35 da tarde  
Blogger DAD said...

Parabens pelo blogue.

http://anti-aborto.blogspot.com/

fevereiro 02, 2007 5:16 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Em Democracia, todos temos o direito (apetecia-me dizer ‘o dever de...’) a assumir uma opinião. Como tal, considero tão respeitáveis e válidas as opiniões pelo SIM à despenalização da IVG, como aquelas que, de uma forma coerente e responsável, se batem pelo NÃO.

No entanto, parece-me também que, essa mesma e nem sempre bem tratada democracia, exige que, ao defendermos essa dita opinião, assumamos, em simultâneo, e na totalidade, as consequências da mesma. E é aqui que a firmeza de alguns ‘NÃOs’ começa a vacilar...

Ao defender o SIM, no referendo sobre a despenalização da IVG, assumo sem preconceitos que estou a dizer que as mulheres que decidem interromper a gravidez até às 10 semanas (qualquer que seja a causa dessa opção), não devem ser, de modo algum, penalizadas por isso. Estou também a assumir que essa interrupção pode (apetece-me de novo dizer ‘deve’) ser realizada numa unidade do Serviço Nacional de Saúde (desde que esse seja o desejo da mulher), em perfeitas condições higiénico-sanitárias. Ao assumir isto, autorizo, com certeza, que uma parte dos meus impostos seja gasta para garantir a dignidade das mulheres e resolver um problema premente de saúde pública. Mas assumo também que estou a dar prevalência ao valor da maternidade responsável e desejada, relativamente a um embrião em estágio muito precoce do seu desenvolvimento. Mas se lhe quiserem chamar uma forma de vida, então eu também assumo, de novo sem preconceitos, que privilegio a vida numa forma mais ampla, mais completa, recheada de afectos, sem culpas e sem traumas. Mesmo que aumentem o dramatismo da situação e acrescentem um coração a bater, eu continuo, sem remorsos, a considerar também os outros corações e a afirmar que um coração sem afecto, pode bater, mas não VIVE.

Era esta frontalidade que eu gostaria de ver nos defensores do ‘Não’. Mas, na maioria das intervenções ela não só está ausente, como o que emerge é uma hipocrisia beata, que se quer fazer passar por benfeitora.

Ainda não percebi muito bem: os defensores do ‘Não’, não querem ver as mulheres na cadeia (é uma coisa feia, que não fica nada bem defender...), mas também não querem que se altere a lei?!... Estranho?! Pois..., mas, na cabeça desta gente, não é incompatível... Então o que defendem é assim uma coisa meio cinzenta (e ilegal, já agora), em que a lei – no papel - penaliza (para preservar as nossas consciências, é sempre bom), sujeitando as mulheres a uma pena até 3 anos de prisão, mas depois, nos tribunais – isto é, na prática – deverão existir uns juízes muito bonzinhos, que fecham os olhos à lei, e, de forma caridosa (e se possível deixando uns bons conselhos para orientar a vida dessa mulher perdida), dizem que, afinal, era só para assustar. E, pronto!, depois deste final feliz, as nossas consciências podem de novo dormir descansadas!

Então a estes eu digo: as mulheres (porque assumem os seus deveres) querem ter direitos, não querem caridade!

Caros defensores do ‘Não’, assumam com coerência as vossas legítimas opiniões. Tenham coragem de dizer que para vocês a vida de um embrião é tão relevante, que justifica que uma mulher que interrompe uma gravidez seja julgada em tribunal e cumpra uma pena de prisão, que pode ir até 3 anos!

Eu sei que as vossas consciências não ficarão tão tranquilas, mas, pelo menos, merecerão mais respeito.

Mafalda Carvalho http://venhammaiscinco.blogs.sapo.pt/

fevereiro 05, 2007 2:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Em Democracia, todos temos o direito (apetecia-me dizer ‘o dever de...’) a assumir uma opinião. Como tal, considero tão respeitáveis e válidas as opiniões pelo SIM à despenalização da IVG, como aquelas que, de uma forma coerente e responsável, se batem pelo NÃO.

No entanto, parece-me também que, essa mesma e nem sempre bem tratada democracia, exige que, ao defendermos essa dita opinião, assumamos, em simultâneo, e na totalidade, as consequências da mesma. E é aqui que a firmeza de alguns ‘NÃOs’ começa a vacilar...

Ao defender o SIM, no referendo sobre a despenalização da IVG, assumo sem preconceitos que estou a dizer que as mulheres que decidem interromper a gravidez até às 10 semanas (qualquer que seja a causa dessa opção), não devem ser, de modo algum, penalizadas por isso. Estou também a assumir que essa interrupção pode (apetece-me de novo dizer ‘deve’) ser realizada numa unidade do Serviço Nacional de Saúde (desde que esse seja o desejo da mulher), em perfeitas condições higiénico-sanitárias. Ao assumir isto, autorizo, com certeza, que uma parte dos meus impostos seja gasta para garantir a dignidade das mulheres e resolver um problema premente de saúde pública. Mas assumo também que estou a dar prevalência ao valor da maternidade responsável e desejada, relativamente a um embrião em estágio muito precoce do seu desenvolvimento. Mas se lhe quiserem chamar uma forma de vida, então eu também assumo, de novo sem preconceitos, que privilegio a vida numa forma mais ampla, mais completa, recheada de afectos, sem culpas e sem traumas. Mesmo que aumentem o dramatismo da situação e acrescentem um coração a bater, eu continuo, sem remorsos, a considerar também os outros corações e a afirmar que um coração sem afecto, pode bater, mas não VIVE.

Era esta frontalidade que eu gostaria de ver nos defensores do ‘Não’. Mas, na maioria das intervenções ela não só está ausente, como o que emerge é uma hipocrisia beata, que se quer fazer passar por benfeitora.

Ainda não percebi muito bem: os defensores do ‘Não’, não querem ver as mulheres na cadeia (é uma coisa feia, que não fica nada bem defender...), mas também não querem que se altere a lei?!... Estranho?! Pois..., mas, na cabeça desta gente, não é incompatível... Então o que defendem é assim uma coisa meio cinzenta (e ilegal, já agora), em que a lei – no papel - penaliza (para preservar as nossas consciências, é sempre bom), sujeitando as mulheres a uma pena até 3 anos de prisão, mas depois, nos tribunais – isto é, na prática – deverão existir uns juízes muito bonzinhos, que fecham os olhos à lei, e, de forma caridosa (e se possível deixando uns bons conselhos para orientar a vida dessa mulher perdida), dizem que, afinal, era só para assustar. E, pronto!, depois deste final feliz, as nossas consciências podem de novo dormir descansadas!

Então a estes eu digo: as mulheres (porque assumem os seus deveres) querem ter direitos, não querem caridade!

Caros defensores do ‘Não’, assumam com coerência as vossas legítimas opiniões. Tenham coragem de dizer que para vocês a vida de um embrião é tão relevante, que justifica que uma mulher que interrompe uma gravidez seja julgada em tribunal e cumpra uma pena de prisão, que pode ir até 3 anos!

Eu sei que as vossas consciências não ficarão tão tranquilas, mas, pelo menos, merecerão mais respeito.

Mafalda Carvalho http://venhammaiscinco.blogs.sapo.pt/

fevereiro 05, 2007 2:02 da tarde  

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